terça-feira, 6 de julho de 2010

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Acordou sobressaltada, nao compreendia nada, nao era capaz de definir nem o tempo nem o espaço, tudo lhe era demasiado abstrato. Nao estava no mesmo sitio onde adormecera, estava isolada de todo o resto. Era um quarto branco apenas com uma cama arrujada, cama essa empenada e com presentes mazelas. Do lado direito da cama, que se encontrava na parede em frente à da porta havia uma minúscula janela com grandes que formavam um padrão de quadrados perfeitos na parede oposta. Era essa janela que dava alguma claridade ao estranho quarto e foi também para essa janela que correu com esperança de encontrar nela alguma resposta para tantas questões. Mas de nada lhe valeu, era demasiado alta e nem em bicos de pés la chegava, rodou em torno de si mas para além daquela cama velha, nao havia mais nada em que se pudesse apoiar. Começou pouco a pouco a arrastar a cama lentamente em direcção à parede da janela, fez o mínimo de barulho possível, pois para todos os efeitos, nao sabia o que esperar daquele sítio, das mil coisas que podiam estar a acontecer do lado de fora daquelas paredes, nenhuma lhe dava confiança para que se pudesse expor de uma qualquer maneira.

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