sexta-feira, 2 de julho de 2010

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Quando era pequenina ela dava por si a imaginar o quanto teria de alcançar até ter tudo o que sempre sonhara, sim ela sonhava, sonhava bastante até. Sonhava sobre tudo, mas quando sonhava a sério, perdia-se nos pensamentos do seu próprio futuro: os da sua vida. E conseguia imaginá-los tão perfeitos! Tudo desde a sua casa ao seu ambiente familiar era perfeito e fazia lógica incomparável no seu raciocinio. Mas não... não era só perfeição criada pela imaginaçao dos sonhos, essa era um elemento básico assumido ao genéro humano, ela encontrava uma certa realidade de aprovamento que ninguém, por mais experiência ou cultura de vida que tivesse, poderia alcançar. Era feliz, tão mais feliz naquele tempo... Porque, no fundo, ela nao tinha ainda provado o amargo gosto da realidade, ela nao sentia ainda na pele tudo o que constantemente planejava. E não receava que algo a pudesse magoar, quem nao sabe nao receia apenas anceia e é por isso que em crianças nós somos tão felizes. A engenuídade é superior à razão e o Mundo no seu real não lhes é dado a provar. E é melhor assim. Agora pensa isto porque um dia ela teve que crescer, sozinha mas desde então tornara-se naquela mulher forte e segura coisa que, em todo o genero de situaçoes, lhe estabelecia uma segurança incomparável à de qualquer outra mulher. Mesmo que nao quisesse ela estava ali e agora, e não queria, ou talvez quisesse e apenas nao o admitisse. Nunca foi de fraquejar, e admitir algo parecia-lhe a ela dar parte fraca. Então colocava o seu orgulho sempre, dia após dia, no topo das suas divergências. Este era mais um dos seus tantos aspectos, que a faziam parecer a mulher rigida que ela propria queria mostrar ser.

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